segunda-feira, 11 de julho de 2011

Festival das Artes em Coimbra

 Festival das Artes em Coimbra - P A I X Õ E S
                   by Loide Branco

          Estava eu aqui folheando minha nova revista Elle do mês de Agosto, pois é...a edição de Agosto já está nas bancas, não é ótimo?????






Pois muito bem....segundo a matéria, será realizado em Coimbra a terceira edição do Festival das Artes que é organizado pela Fundação Inês de Castro e será na Quinta das Lágrimas dos dias 14 a 31 de Julho. Várias atrações terão lugar: música clássica e contemporânea, jazz, teatro, poesia, pintura, escultura, fotografia, gastronomia, cinema e moda.

            O ponto alto será o concerto da orquestra Gulbenkian dirigida por Joana Carneiro e com interpretações de trechos de ópera pela soprano sueca Irene Theorin bem como a orquestra e Jazz de Matosinhos,  dirigida por Maria Schneider e o concerto do pianista vietnamita Dang Thai Son ( um dos mais conceituados intérpretes de Chopin), nas artes plásticas "My Broken Heart" de Ana Guedes e no ciclo do cinema La Passion de Jeane D' Arc. Portanto IMPERDÍVEL!!!!!! 
                 Para quem não lembra das aulas de literatura...vamos refrescar a memória com a ajuda da Wikipédia!!! :-)

                 Resumindo um pouco a história, a  "D. Inês de Castro era filha de D. Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei D. Afonso XI de Castela e de uma dama portugesa chamada Aldonça Lourenço de Valadares. Pois bem, em 24 de Agosto de 1339 D. Pedro herdeiro do trono português vem a casar-se com a D. Constança Manuel, filha de D. João Manuel de Castela príncipe de Vilhena e Escalona, duque de Peñafiel e outras coisas mais....imagina a confusão que D.Pedro foi se meter...
                O que aconteceu foi que D. Pedro se apaixonou por uma das aias de D. Constança e os comentários começaram na corte e também com o próprio povo. Sob o pretexto de moralidade D. Afonso IV em 1334 mandou exilar a D. Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira Castelhana, no entanto a distância não apagou o amor entre D. Pedro e a D. Inês e estes continuavam a corresponder-se.
                 Em outubro do ano seguinte a D. Constana falece ao dar a luz ao filho, herdeiro do trono D. Fernando I de Portugal. D. Pedro viúvo manda buscar a D. Inês que passa a viver com ele em sua casa o que provocou escândalo na corte e desavenças com o seu pai.
                 D. Afonso IV tenta resolver a situação fazendo com que D. Pedro casasse com uma dama de sangue real e D. Pedro nega dizendo que sente saudades de sua esposa falecida. Enquanto isso D. Inês tem três filhos: Afonso que falece ao nascer, João e Beatriz a confusão foi instalada na corte real, haviam boatos que os Castros queriam assassinar o filho de D. Constança o infante D. Fernando.
                    Depois de alguns anos no norte e Portugal D. Pedro e D. Inês regressam a Coimbra e passam a viver no Paço de Santa Clara construído pela avó de D. Pedro a Rainha Santa Isabel e esta havia deixado expresso o seu desejo que a casa fosse habitada por reis e príncipes, descendentes reais e suas esposas legítimas.
                     Surgem boatos de que D. Pedro havia casado as escondidas com a D. Inês e isso traria resultados desvatadores. D. Afonso IV decide que será melhor mandar assassinar a dama galega. Em 7 de janeiro de 1355 aproveitando-se da ausência e D. Pedro, D. Afonso IV manda Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem D. Inês de Castro em Santa Clara.

                      Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no Rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas  que ali cresceram seriao seu sangue derramado.
                         D. Pedro revolta-se contra seu pai D. Afonso IV e D. Beatriz consegue intervir para que selem  um acordo de paz em 1355. D. Pedro torna-se rei de Portugal como D. Pedro I em 1357 e em junho de 1360 faz a Declaração de Catanhede legitimando os filhos ao afirmar que havia casado com D. Inês  em 1354 "em dia que não se lembrava". As palavras do rei e de seu capelão foram as únicas provas deste casamento.
                            De seguida perseguiu os assassinos de D. Inês que haviam fugido para Castela Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram executados em Santarém e segundo a lenda D. Pedro I mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas enquanto se banqueteava. Diogo Lopes Pacheco foge para a França e posteriormente no leito e morte D. Pedro I o perdoa.
                        A tétrica cerimônia da coroação e do beijo na mão da rainha morta, que D. Pedro teria imposto à sua corte, e que tornar-se-ia numa imagem mais vívida no imaginário popular, terá provavelmente sido inserida nas narrativas do final do século XVI.
                         D. Pedro mandou construir os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês no Mosteiro de Alcobaça para onde trasladou o corpo de sua amada entre 1361 e 1362 e onde viria a juntar-se a ela em 1367. A posição primeira dos túmulos foi lado a lado, de pés virados a nascente em frente da primeira capela do transepto sul, dedicada a São Bento. Na década de oitenta do século dezoito os túmulos foram mudados para o recém construído panteão real, onde foram colocados frente a frente. Em 1956 foram mudados para a sua actual posição, D. Pedro  no transepto sul e D. Inês no transepto norte, frente a frente. Quando os túmulos foram colocados frente a frente apareceu a lenda que assim estão para que  D. Pedro e D. Inês "possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final".
Que história heim!!! até viajei no tempo... :-)

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