sexta-feira, 11 de novembro de 2011

divagando

Por que as pessoas mentem?
by Loide Branco




by emotional art blog




Você já conheceu alguém ou conhece alguém que vive mentindo? e que pior, pensa que você não percebe? Já faz algum tempo que venho pensando sobre a mentira e tento entender o por que de muitas pessoas se refugiarem nesta coisa tão negativa e não conseguirem parar. Sei que também todos nós em alguma época de nossas vidas ou por alguma razão já mentimos, mas aqui o que quero dizer é sobre aquelas pessoas que fazem da mentira seu modo de vida e que nos incomodam quando estas mesmas pessoas convivem em nosso meio.

Não fiz grandes pesquisas e nem tenho a pretensão de ser nenhuma perita no assunto nem de escrever um tratado, mas lendo aqui e acolá pela net vamos encontrando algumas informações.

Achei bastante pertinente este pequeno artigo que tomei a liberdade de copiá-lo aqui para o meu blog.



" Defini o que é a mentira e caracterizei este comportamento como sendo um comportamento verbal, e 
identifiquei duas maneiras de como uma criança pode aprender a mentir. A primeira foi a 
aprendizagem por imitação, processo em que os pais ou outras pessoas desempenham o papel

de modelo para a criança. O comportamento do adulto ou de um colega é imitado, porque a
criança pode observar que o outro obtém vantagens com a mentira ou até porque em outras
situações, nas quais imitou o comportamento de um adulto, foi elogiado e ou incentivado por
se parecer com aquela pessoa. "Olha que gracinha, ele é igual ao seu pai...".

Podem servir como modelos, também, os atores de novelas e filmes. As novelas,
em particular, apresentam inúmeros personagens que são beneficiados com a mentira. Uma
outra razão que pode levar uma criança a mentir é a conseqüência que o seu próprio
comportamento produz. Como exemplifiquei no texto anterior, livrar-se de punições é uma
das fortes razões para isto. Uma outra possível conseqüência direta do comportamento de
mentir é a obtenção de benefícios, de vantagens ou de prestígio. Por exemplo, uma criança
pode mentir, dizendo que está com dor de cabeça para não ter que ir para a escola. Isto pode
ter começado com um fato verdadeiro: na primeira ou na segunda vez ela realmente estava
doente, mas na terceira vez, a situação não era tão grave e a mãe, até por comodidade, preferiu
aceitar a desculpa de seu filho ou de sua filha, para não ir para a escola.

A obtenção de vantagens ou de prestígio são as razões mais comuns que levam
pessoas adultas a mentir, no dia-a-dia. Ter prestígio, ser valorizado e receber atenção são
conseqüências importantes para nós que vivemos em sociedade. Naturalmente, nas diferentes
sociedades, as pessoas prestigiam e valorizam aspectos diferentes de nossos comportamentos. 
(negrito meu)

Uma pessoa que não é valorizada pelas suas ações e que, além disso, freqüentemente, é
criticada ou punida, por ser considerada incompetente porque não é capaz de realizar uma
determinada tarefa, pode desenvolver o que se chama de baixa auto-estima. Auto-estima
conceituada como sendo a opinião de si, isto é, o auto-conceito (tema que abordei em outro
artigo) pode, portanto, estar relacionado à mentira. Uma pessoa com uma baixa auto-estima,
não confia, não tem segurança ou não valoriza aquilo que sabe fazer ou aquilo que possui e,
por essa razão, pode mentir. Ela mente, por exemplo, dizendo que possui coisas e bens quenão são seus, sobre sua idade, sobre o que é capaz de fazer, sobre o que já fez ou foi no
passado. É importante, no entanto, observar que mentir não é aprovado socialmente, nem tão
bom e fácil como parece.

Se eu inventar uma história, eu tenho que sustentá-la com
evidências e argumentos, para que a mentira não seja desvendada. Eu tenho que me lembrar
do que eu falei em momentos posteriores e em situações bastante diferentes em que aquele
assunto referente à mentira é abordado de forma sutil ou superficial. Enfim, eu tenho que
manter coerência com a mentira que inventei.

No entanto, pessoas que mentem com freqüência começam a perder a noção
daquilo que é verdade e daquilo que é mentira. Elas deixam de perceber que não há
correspondência entre o que dizem e o que fazem ou entre o que contaram ontem e o que
estão contando hoje. Por exemplo, um dia ele ou ela diz ter sido gerente de uma determinada
loja, no período em que ali trabalhou. Em um outro dia, durante uma conversa sobre
dificuldades enfrentadas com chefes, conta como era difícil agüentar as broncas do gerente
daquela mesma loja.

 Assim, uma pessoa que mente o tempo todo deixa de "cuidar de suas
mentiras", pois perde a noção do que é mentira. É mais fácil esquecer um fato inventado do
que um fato que você vivenciou. Por esse motivo, diz-se que a mentira tem "pernas curtas".
Uma outra razão que leva uma pessoa a mentir e que não é considerada uma
forma egoísta de se comportar, é quando se mente para beneficiar outra pessoa. Por exemplo,
quando se faz um elogio só por fazer, sem razão real. Este é o comportamento típico do
galanteador. A questão que podemos formular então é: Por que as pessoas mentem para
beneficiar outras pessoas? Uma provável explicação é que elas recebem aprovação social por
se comportarem de forma altruísta. Por conseguinte, no fim das contas, é em benefício próprio
que elas se comportam desta forma.
Mesmo quando a mentira é altruísta, ela é facilmente identificada, sendo as
pessoas mentirosas com, freqüência, socialmente discriminadas. Elas geralmente não têm
amigos e os familiares apenas a toleram. Além disso, uma pessoa mentirosa dificilmente
conquista um grande amor e se conquistar, dificilmente, será capaz de mantê-lo. Faltam os
ingredientes principais: a intimidade, a cumplicidade e a confiança."

Você pode acessar os textos anteriores da minha coluna, no meu site pessoal:
www.uel.br/pessoal/haydu.
Verônica Bender Haydu
Professora da Universidade Estadual de Londrina
Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo

E ainda ....lá na wikipedia fala-se da

"Etiqueta da mentira"

etiqueta é bastante preocupada com as questões da mentira, atribuição da culpa e hipocrisia – coisas que com frequência são menosprezadas na ética mas de grande utilidade na sociedade:
As razões morais para se tolerar mentiras têm a ver em sua maior parte em evitar conflitos. Um código ético irá com frequência especificar quando a verdade é necessária e quando não é. Em tribunais, por exemplo, o processo antagônico e padrão de evidência que é aplicado restringe as perguntas de maneira que a necessidade da testemunha mentir é reduzida – de maneira que a verdade quanto a questão em julgamento supostamente será revelada com mais facilidade.
A necessidade de mentir é reconhecida pelo termo "mentira social" onde a mentira é inofensiva, e há circunstâncias onde existe uma expectativa de se ser menos do que totalmente honesto devido a necessidade ou pragmatismo. As mentiras podem ser divididas em classes – ofensivas ou mal intencionadas, inofensivas e jocosas, do qual apenas a primeira classe é séria (O catolicismo classifica a primeira como pecado mortal mas também condena as outras como veniais).
Há alguns tipos de mentiras que são consideradas aceitáveis, desejáveis, ou mesmo obrigatórias, devido a convenção social. Tipos de mentiras convencionais incluem:
  • uso de eufemismos para evitar a menção explícita de algo desagradável;
  • perguntas insinceras sobre a saúde de uma pessoa pouco conhecida;
  • afirmação de boa saúde em resposta a uma pergunta insincera (os inquiridores com frequência ficam bastante desconcertados por qualquer outra coisa que não a resposta positiva mais breve possível);
  • desculpas para evitar ou encerrar um encontro social indesejado;
  • garantia de que um encontro social é desejado ou foi agradável;
  • dizer a uma pessoa moribunda o que quer que ela queira ouvir;
  • supressão de uma quebra de tabu.
A maioria das pessoas participa de tais mentiras convencionais, e não aplica a desaprovação moral costumeira em relação as mentiras em tais situações. Mentiras convencionais são vistas como uma categoria menor de mentira, semelhante as mentiras sociais. No entanto, uma minoria de pessoas as vê como mentiras maliciosas.
A conclusão que retiro é que para aqueles que como eu conhecem pessoas que mentem e se sente incomodada, não há muitas opções, ou riscamos estas pessoas de nossas vidas e as deixamos afogar em suas próprias mentiras ou dizemos para elas "a verdade" ou seja, vai se tratar porque você mente muito e todo mundo sabe que você mente e daí o conflito estará feito e também não se ganha nada com isso...
Portanto acho que vou mesmo é ignorar tais pessoas e cuidar da minha própria vida !!!
Se você tiver algum comentário ou quiser acrescentar algo sinta-se a vontade...

:-))))


Cotidiano na Suécia

Um dia ensolarado em Eldsberga
by Loide Branco


Disseram que ano passado nessa época já havia neve por aqui...mas eu acho que o todo poderoso lá de cima resolveu me dar uma trégua para que eu possa me adaptar pelo menos a este friozinho  inicial ..e sou muito grata!

Então hoje resolvi ir ao supermercado próximo de casa, a pé fica uns 2km...então não é tão perto..mas têm uma vista bonita de um lado um campo verdinho e extenso e do outro uma rua com casas bem bonitas, ar puro, muitas árvores que já estão com as folhas secas, mas enfim, uma caminhada agradável.

Saía eu de casa quando vi mais uma vizinha, dessa vez da rua de cima daí a sua cachorrinha veio ter comigo e a vizinha foi logo me avisando para não temer a cachorra porque era mansa e já tem idade avançada, eu como gosto de cães fui logo fazendo um carinho e daí começamos a bater papo em inglês porque em sueco meu vocabulário não é lá muito extenso...ficamos conversando e ela me disse que se chama Agneta não sei se escrevi certo, mas ela muito simpática me deu novamente as boas vindas, perguntou se eu estava gostando daqui, disse-me que antes ela morava na cidade mas que resolveram mudar para um lugar mais tranquilo, que o marido é motorista de caminhão, que tem um filho e a conversa foi longe...daí eu disse que estava indo ao supermercado e ela se ofereceu prontamente para me dar uma carona pois ela também estava indo.

Achei muito simpático e fomos ao supermercado juntas, trocando idéias, ela foi me falando mais da área em que vivemos e fui aos poucos percebendo um pouquinho mais daqui.

Faz muito bem para nós encontrarmos pessoas agradáveis, dispostas a conhecer o novo, a se abrir com outras culturas, tenho certeza que hoje tanto eu como Agneta demos um bom passo. Sei também que nem tudo são flores e que nem todo mundo é assim, mas por enquanto tenho me deparado com pessoas gentis e prestativas com uma atitude mais leve e gosto de ver isso nas pessoas esse negócio de estarmos sempre na defensiva não faz muito bem para ninguém.

Pois bem, andava eu pelos corredores e vi uma gôndola cheia de revistas, jornais, tudo em sueco...como não tenho nada para fazer até segunda-feira, resolvi comprar duas revistas, uma sobre casa Tove Hem & Trädgård e a Cosmopolitan e Agneta me perguntou se eu já conseguia ler em sueco...eu disse que fico só olhando para as figuras e quando encontro uma palavra que conheço me sinto muito orgulhosa do meu avanço hahahaha..

Achei cada coisa linda e meu filho disse que eu sou muito bobinha mesmo e que fico vendo fotos e comprando revista que nem consigo ler, que era bom eu procurar uma coisa mais útil..rsrsrs..mas não estou nem aí, é só para distrair um pouco..afinal tenho um trabalho do mestrado para entregar em breve e nem sei por onde começar..além do que um monte de coisas para estudar...por isso vou mais é relaxar a mente..

Eu adoro uma bugiganga....especialmente se for coisas para casa.....um pouquinho de futilidade não faz mal a ninguém não é??? rs

imagem  Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård

Tove Hem & Trädgård
Tove Hem & Trädgård
bom fim de semana a todos!!!!! kisses


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cotidiano na Suécia

Um parêntese
by Loide Branco






É engraçado como muitas vezes não nos apercebemos das pequenas coisas que nos rodeiam, que fazem parte de nossas vidas e que só nos damos conta de sua importância quando fazem falta.

Pois bem, tudo isso para dizer que hoje fiquei muito feliz quando acordei pela manhã e já conto..

Já disse que e minha rua somos apenas quatro casas e que minha rua é sem saída? é verdade ( risos a parte...). Logo que chegamos aqui percebi que havia uma lixeira grande em frente a minha garagem e  pensei que era para todos os vizinhos, bom, eu acostumada em Coimbra que o caminhão de lixo passa todos os dias por volta da 1:00h da madrugada para esvaziar,  fui enchendo a lixeira e nada dela esvaziar e daí veio a preocupação de estar invadindo o espaço dos outros e será que haveria espaço para os vizinhos colocarem seus lixos também?

Fui então perguntar como que funciona o sistema de coleta de lixo e fiquei sabendo que o caminhão passa a cada 15 dias e que a coleta é de lixo doméstico, nada de latas, garrafas plásticas, todas as garrafas e latas são levadas ao centro de coleta seletiva que fica em áreas estratégicas do bairro ou no supermercado próximo de casa  (no meu caso à 2km) e para cada latinha e garrafa plástica recebe-se 1kr (uma coroa sueca), tem uma máquina dentro do supermercado em que depositamos e retiramos um ticket... "oh mygodnessssssss"! E agora, 15 dias?  era a única coisa que vinha em minha cabeça...

Quanto ao sistema de coleta seletiva tudo bem, porque desde que morei em Londres já era assim e também em Coimbra, não estou nada maravilhada pelo fato de na Suécia o lixo ser tratado de forma séria e correta e nem quero ser piegas...mas quando nós nascemos em um país como o Brasil ou outros lugares ao redor do mundo que ainda não tem o mesmo sistema, nós ficamos assim pensativos, porque queríamos que no nosso país também fosse assim, um ato banal o de separar as coisas, colocar no lugar certo.
by Loide
by Loide


Que deveríamos nos preocupar com o meio ambiente e em educar as pessoas diariamente até que o fazer se torne habitual, normal. Por isso essa perplexidade porque temos essa cultura do "joga fora tudo", sem olhar  para onde e que está tão enraizada que não ligamos para o lugar em que vivemos. E fico assim pensando como seria em São Paulo minha cidade, se tivéssemos o cuidado com o lixo de nossas casas, ruas, a nossa cidade seria mais limpa, organizada, gostosa  de viver.


Não sei quando iremos acordar para uma mudança de comportamento e percebermos que também temos que participar nesse processo porque a responsabilidade não está só no poder dos governantes estes sim tem que disponibilizar os meios de coleta, reciclagem etc em áreas de fácil acesso para as pessoas de nossa comunidade e nós por outro lado, devemos aprender a cuidar do nosso lixo, o que consumimos.

No início disse que fiquei feliz mas não disse a razão e isso foi porque logo cedo escutei o barulho de um caminhão e quando olhei e vi um enorme e vermelho pensei: será que é finalmente o do lixo? não é que era? Ai meu Deus que alegria!!!

Quando olhei para fora de casa vi que os meus vizinhos haviam colocado suas lixeiras na frente de suas casas para a recolha e que elas existiam..rs

Eu corri "toda descabelada" mais uma vez até a cozinha e peguei o último saco de 60 litros que eu estava acumulando e que não tinha colocado para fora porque não queria encher mais a lixeira, enfim...descobri que a lixeira que estava na minha porta é toda minha e que posso colocar meu lixo nela sem medo de invadir o espaço alheio.

Vi também que o caminhão de lixo é muito moderno e que só trabalha o motorista e nada de auxiliares correndo atrás do caminhão que deixa aquele cheiro característico ( tudo bem que no Brasil é mais uma forma de emprego para as pessoas, mas essas mesmas pessoas podiam ser aproveitadas em outras áreas por exemplo na reciclagem do lixo), mas aqui é só o motorista e a sua máquina poderosa para recolher  as caixas de lixo, despejar no caminhão, comprimir e ir para a próxima residência e depois seguir seu caminho sem deixar cheiro no ar.
(foto: stock photo red garbage truck)
by Loide
Outra coisa que achei interessante foi que nos supermercados compramos sacolas de papel que lembram aqueles sacos antigos e também sacolas plásticas, daí você pode trazer de casa sem ter que comprar outras e também ajuda com menos sacolas para jogar fora. Em Coimbra já era assim também e tudo bem que quando fui em São Paulo esse ano, lá no Carrefour eles estavam incentivando as pessoas a trazerem suas sacolas  e era um dia específico da semana, não sei se mudou e nem sei como será nas outras cidades do Brasil mas já é um começo.


Também aqui depois de muito tempo voltei a ver refrigerantes em garrafas de vidro, lembranças da minha meninice em que levávamos o casco vazio para podermos comprar outra garrafa e tínhamos engradados de plástico em casa, depois, tudo "se fez plástico"...


Fiquei sonhando com o dia em que no nosso Brasil as coisas possam evoluir para este ponto porque com certeza teremos uma qualidade de vida melhor um meio ambiente preservado e com menos problemas nas épocas de chuva, evitando por exemplo entupimentos dos esgotos, doenças e mortes desnecessárias, a diminuição das pragas urbanas ( ratos, baratas).

Anyway...continuo positiva!


:-)



domingo, 6 de novembro de 2011

divagando



A sós com Monet ouvindo Chopin...

by Loide Branco


Às vezes o bom é estar em silêncio e só contemplar.










                                                         video youtube  de sundroid