by Loide Branco
Pois muito bem....segundo a matéria, será realizado em Coimbra a terceira edição do Festival das Artes que é organizado pela Fundação Inês de Castro e será na Quinta das Lágrimas dos dias 14 a 31 de Julho. Várias atrações terão lugar: música clássica e contemporânea, jazz, teatro, poesia, pintura, escultura, fotografia, gastronomia, cinema e moda.
O ponto alto será o concerto da orquestra Gulbenkian dirigida por Joana Carneiro e com interpretações de trechos de ópera pela soprano sueca Irene Theorin bem como a orquestra e Jazz de Matosinhos, dirigida por Maria Schneider e o concerto do pianista vietnamita Dang Thai Son ( um dos mais conceituados intérpretes de Chopin), nas artes plásticas "My Broken Heart" de Ana Guedes e no ciclo do cinema La Passion de Jeane D' Arc. Portanto IMPERDÍVEL!!!!!!
Para quem não lembra das aulas de literatura...vamos refrescar a memória com a ajuda da Wikipédia!!! :-)

O que aconteceu foi que D. Pedro se apaixonou por uma das aias de D. Constança e os comentários começaram na corte e também com o próprio povo. Sob o pretexto de moralidade D. Afonso IV em 1334 mandou exilar a D. Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira Castelhana, no entanto a distância não apagou o amor entre D. Pedro e a D. Inês e estes continuavam a corresponder-se.
Em outubro do ano seguinte a D. Constana falece ao dar a luz ao filho, herdeiro do trono D. Fernando I de Portugal. D. Pedro viúvo manda buscar a D. Inês que passa a viver com ele em sua casa o que provocou escândalo na corte e desavenças com o seu pai.
D. Afonso IV tenta resolver a situação fazendo com que D. Pedro casasse com uma dama de sangue real e D. Pedro nega dizendo que sente saudades de sua esposa falecida. Enquanto isso D. Inês tem três filhos: Afonso que falece ao nascer, João e Beatriz a confusão foi instalada na corte real, haviam boatos que os Castros queriam assassinar o filho de D. Constança o infante D. Fernando.
Depois de alguns anos no norte e Portugal D. Pedro e D. Inês regressam a Coimbra e passam a viver no Paço de Santa Clara construído pela avó de D. Pedro a Rainha Santa Isabel e esta havia deixado expresso o seu desejo que a casa fosse habitada por reis e príncipes, descendentes reais e suas esposas legítimas.
Surgem boatos de que D. Pedro havia casado as escondidas com a D. Inês e isso traria resultados desvatadores. D. Afonso IV decide que será melhor mandar assassinar a dama galega. Em 7 de janeiro de 1355 aproveitando-se da ausência e D. Pedro, D. Afonso IV manda Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem D. Inês de Castro em Santa Clara.
Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no Rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali cresceram seriao seu sangue derramado.
D. Pedro revolta-se contra seu pai D. Afonso IV e D. Beatriz consegue intervir para que selem um acordo de paz em 1355. D. Pedro torna-se rei de Portugal como D. Pedro I em 1357 e em junho de 1360 faz a Declaração de Catanhede legitimando os filhos ao afirmar que havia casado com D. Inês em 1354 "em dia que não se lembrava". As palavras do rei e de seu capelão foram as únicas provas deste casamento.
De seguida perseguiu os assassinos de D. Inês que haviam fugido para Castela Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram executados em Santarém e segundo a lenda D. Pedro I mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas enquanto se banqueteava. Diogo Lopes Pacheco foge para a França e posteriormente no leito e morte D. Pedro I o perdoa.
A tétrica cerimônia da coroação e do beijo na mão da rainha morta, que D. Pedro teria imposto à sua corte, e que tornar-se-ia numa imagem mais vívida no imaginário popular, terá provavelmente sido inserida nas narrativas do final do século XVI.

Que história heim!!! até viajei no tempo... :-)
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