by Loide Branco
Todos os dias quando procuramos notícias sobre o Brasil, quase sempre são repetições do que já lemos a muitos anos, violência, crime, corrupção, tudo aquilo que você não quer ler...o que é bom, bonito, inspirador, fica lá no final da coluna, em um pequeno artigo, com uma foto pequenina quase passa despercebido.
É impressionante como o ser humano não muda, falamos mal do Imperador Romano Nero do "pão e circo" mas a verdade é que a nossa civilização mudou pouco de lá para cá...
E temos ainda o péssimo hábito de criticar quem está fazendo algo de bom, que de certa forma muda vidas e condições. Pense no exemplo dessa mulher Pricila Azevedo que é PM - Major, trabalha no Rio de Janeiro, na favela, exposta a tudo e todos, quantas de nós teríamos a coragem de "encarar" uma favela do Rio de Janeiro?? pois bem, somos poucos, mas ela está lá no dia à dia, em um ambiente hostil, numa profissão que era predominantemente masculina, participando da comunidade ao mesmo tempo, com tato e firmeza mantendo um ambiente mais tranquilo.
Vamos valorizar mais o que de bom é feito, parar de ficar achando motivos "escondidos" em toda e qualquer ação positiva e deixar para as pequenas notas de roda pé aquilo que a sociedade tem de pior e que nunca irá mudar.
Leia um pouco sobre o trabalho da Major Pricila Azevedo e inspire-se!
Um dia feliz!!!!!! :-)))))))
Pricila Azevedo
revista você S/A - redação André Viana, Fabio Schivartche, Barbara Soalheiro / 03/11/2011
Ela usa uma pistola prateada calibre .40 no coldre. Mas sua melhor arma é a conversa. "As mulheres têm mais tato que os homens. E isso ajuda a mediar conflitos", diz Pricila Azevedo, major da PM do Rio de Janeiro, que participa desde o início, em dezembro de 2008, do projeto das unidades de pacificação dos morros cariocas, as UPPs.
No Santa Marta, onde moram 8 000 pessoas, não houve mais nenhum caso de homicídio nos últimos dois anos, afirma Pricila. Chefiando 111 homens e quatro mulheres, ela tem conseguido mudar a imagem da corporação entre os moradores do morro. "Antes, a PM era vista como inimiga e os bandidos, a referência. Aos poucos vamos conquistando respeito." A major caminha diariamente entre as vielas do morro para ouvir as necessidades dos moradores.
Joga bola com a criançada, vai às reuniões da comunidade e até participa das campanhas de vacinação. Em fevereiro, Pricila foi promovida a coordenadora-geral das UPPs do Rio - a primeira mulher a ocupar a função. Aos 33 anos, solteira, ela agora busca resgatar a feminilidade que o trabalho árduo relegou ao segundo plano. "Até estou indo ao salão de beleza, fazendo hidratação no cabelo e unha", comemora, do alto do castelo de cimento que a UPP cravou no topo do morro, com uma bela vista para o Cristo Redentor.